De Prosa & Arte | Sobre Pajelança e Griotagem
Coluna 5 Sobre Pajelança e Griotagem No mês de novembro é muito comum lembrarmos Solanos, Gamas, Carolinas e mencionarmos Benguelas, Dandaras. Exaltarmos Zumbis e botarmos todos os pretos nas rodas de conversas e nas redes sociais. Como se esse diálogo não pudesse permear histórias e vivências de Janeiro a Janeiro. Mas no meu NOVEMBRO NEGRO gostaria de destacar alguém de muita relevância para a minha história que acontece no aqui e agora. As pretas Comuns… a Nyra do Carmo, negra índia, 92 anos, vulgo minha avó. Sim, peço licença para lembrar que algum tempo atribuí e dei créditos a minha fixação por versos, músicas e palavras ao meu pai que é sim um grande leitor, mas não posso deixar de dizer que essa coisa toda com verso e prosa, a paixão e encantamento nas linhas e escritos surge ali na pajelança da minha avó. Ao preparar unguentos, garrafadas para curar os nossos machucados, sarar os vermes e abrir nosso apetite. Essa loucura de botar poemas sem cessar vem também da sua energi